quarta-feira, 19 de março de 2008

Deus e o destino...

Um destes dias, um amigo meu chamou-me à parte, e mostrou-me um texto que tinha escrito sobre Deus e o destino. Ora, não querendo eu estar aqui a escrever o que ele disse (porque seria plágio), em traços muitos gerais vou explicar do que se tratava. Alegava ele, então, que quem acredita em Deus tem de acreditar também no destino, porque se Deus é omnipotente e omnisciente então ele sabe tudo, incluindo o nosso percurso, o que fizemos e o que vamos fazer (claro, estava muito mais bem escrito). Ora, quando eu comecei a falar com ele, disse-lhe que não concordava com essa ideia. Disse-lhe que acredito em Deus e que acredito no facto dele ser omnisciente, omnipresente e omnipotente, mas não acredito no destino, pelo menos não no sentido que a maioria das pessoas lhe dá. Como estava, nessa altura, a preparar o jantar, acho que não me dei muito conta do que lhe estava a dizer, ou no que estava a ouvir. Mas acabei por dar em mim, no dia seguinte, a vaguear por Coimbra (mais precisamente a meio das escadas Monumentais) a pensar naquilo. E fiquei contente. Porque apesar de ter estado com uma pessoa que tinha uma opinião contrária à minha finalmente tive a cabeça ocupada com algo interessante. É que por mais que eu e ele pensemos nisso, por mais que eu e ele argumentemos, e por mais opiniões que apareçam.. nunca ninguém saberá a verdade. E eu dei por mim a achar isso fantástico (estranho não?).Ora, acreditando eu em Deus, aceito que seja omnipotente e omnisciente e que se encontra presente em todas as coisas. Sim, mas não consigo aceitar a concepção de destino, ou pelo menos, não consigo imaginar que esteja já escrito. Se não, penso que quase não haveria motivos para viver, se está tudo estipulado qual é a graça? Quer dizer, ele pode saber tudo, mas o saber tudo implicará o delinear o futuro? Bom a palavra omnisciente fala por si... Mas quererá isso dizer que está já tudo decidido? Gostava de pensar que não...

Bom, mas vou parar por aqui. Apesar de ter ainda inúmeras coisas para dizer não vos quero massacrar mais. Fica aqui uma parte da minha opinião, se quiserem deixar a vossa, comentem ou mandem-me um mail. Uma coisa é certa, por muito que massacremos o nosso cérebro com isto, dificilmente conseguiremos ter a resposta verdadeira. Mas é espantoso como (em algumas pessoas) a simples leitura do texto do meu amigo, possa despertar em nós pensamentos incríveis. O nosso cérebro é fantástico.

Deixo aqui um excerto que pode ajudar a reflectir, ou a confundir..

“Há um paradoxo que explica a impossibilidade da omnipotência e que pode ser formulado da seguinte maneira: se Deus é omnipotente, pode criar uma pedra que seja tão pesada que nem Ele próprio a consegue levantar.” (...)“Esta a ver? É justamente aqui que radica a contradição. Se Deus não conseguir levantar a pedra, Ele não é omnipotente. Se conseguir, Ele também não é omnipotente porque não foi capaz de criar uma pedra que não conseguisse levantar." “A Fórmula de Deus” (pág 17-18) de José Rodrigo dos Santos.

Parece que temos ainda muito em que pensar...

Personalidade

Ok. Lá vou eu fazer de crominha.
Isto apareceu num dos 200.000 slides que me passam todos os dias pela vista...o que vale é que, por acaso, nas aulas de Psicologia da Personalidade nem aparecem assim tantos. Bom, passo então a transcrevêr:
"A ilusão mais perigosa de todas é a de que existe apenas uma realidade.
Aquilo que de facto existe são várias perspectivas diferentes da realidade, algumas das quais contraditórias, mas todas resultantes da comunicação e não REFLEXOS de verdades eternas e objectivas"
Watzavik
É uma "frase" bonita, que nos faz reflectir, mas como ainda não organizei os meus pensamentos sobre ela, ainda não vou postar nada de concreto. Fica aqui a promessa que o farei (entrevejo a luminosidades dos vossos olhos que brilham de expectativa!! eu sei, eu sei...). Entretanto fica aqui a frase, e quem a quiser comentar...eu vou pensar e ler mais um pouco sobre isto e pode ser que cá venha opinar. O problema é que tenho pensado muito sobre a pergunta que fiz na sondagem (vêr ao lado). É obvio que a resposta é sim, continua a ser um fruto seco... mas há tanto ainda a dizer! É tão maravilhoso o que me aflora à mente quando leio a frase. Estou certa que pensam o mesmo! =)

"Depus a máscara
e vi-me ao espelho.
Depus a máscara
e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
assim sem a máscara.
E volto à personalidade
como um términos de linha"
Álvaro de Campos
Cosa siamo? Nient'altro che quello che faccio aparire agiunto a me stessa. Al mio vero io.

Presente

"A água que tocas num rio é a última da que passou e a primeira da que está a chegar. Assim é com o tempo presente. - .etneserq oqmet o moc é missA .ragehc a átse eup ad ariemirp a e uossaq eup ad amitlú a é oir mun sacot eup augá A

Leonardo Da Vinci"

"L'acqua che sfiori in un fiume è l'ultima di quella passata e prima di quella che arriverà. Cosi è il tempo presente" (traduzione proposta da me).
Mi è capitato per caso di leggere questo pezzo in un libro. L'a scritto Leonardo Da Vinci. Ecco, a me il passagio del tempo mi fa parechia paura perchè l'associo inevitabilmente al'idea della morte. Per quanto io sia ancora giovane e per quanto queste idee dovrebero essere l'ultimo dei miei problemi, purtroppo mi capita spesso di averle come primo pensiero di giorno, ed ultimo la notte.
Mi sento amaregiata per non aver mai avuto l'ingenuità caracteristica dei bambini che non sanno cosa sia la morte. Vorrei averla avuta, vorrei averla adesso.
Purtroppo è troppo tardi, ed un giorno sarà troppo tardi per me, e mi lamenterò dei minuti, ore è giorni che ho passato a pensare a qualcosa cosi inevitabile come la morte, o come il passagio del tempo. Perche mentre son qui, a pensarlo, lui passa, senza nemeno accorgersi del mio dolore, quello che lascia dientro di sè. Quello che solo io sento, e che lui non avrà mai.
Ma perchè mi fa tanto dolore pensarci?Io credo alla vita doppo la morte. Ma lo credo veramente? Perche se no io questi dubbi non gli avrei. Non è paura del dolore, di quello che proverò...è soltanto paura che non ci sia niente doppo. Cavolo, se io non mi roccordo di niente prima di esistere, allora cosa sarò doppo? Dove sarò? Con chi sarò? Cosa mi sucederà?
Questa è la mia paura. Questa sono io.

Però devo dirlo, questa è una belissima frase, non poteva che venire dal grande génio Da Vinci. Mi scuso per gli errori.